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domingo, 28 de março de 2010

Transformando noite em dia





Existe uma forma de fazer fotos noturnas com longuíssimas exposições, de tal forma, que você transforma a noite em dia. Isso acontece porque o que difere a noite do dia é a intensidade em que a luz chega a terra e nossos olhos não foram feitos para captar tao pouca luz.

Com uma luz da lua, você já consegue resultados que muitos pensariam que são fotos diurnas. A forma para que isso seja feito é a mesma que ensinei na postagem sobre fotometria, usando o próprio fotômetro da câmera em ISO alto e abertura grandes para medir a luz em situações de pouca luz. depois que conseguiu medir a luz nessa situação, medindo corretamente para que a foto saia da forma que você deseja, é só baixar o ISO para 100 e fechar a abertura para a abertura desejada. A forma mais simples de saber qual será o tempo correto da exposição e só calcular com o seguinte raciocínio:

Para ganhar um ponto de luz o tempo será o dobro.

EX: se a medição estiver em 15 seg de exposição e você quer ganhar mais um ponto, então a exposição será 30 seg--- se a exposição está em 30seg e quer ganhar mais um ponto, então será 60 seg(1minuto) e assim por diante.

Assim você consegue fazer fotos com exposições de 4 minutos, 8 minutos, 16 minutos, 32 minutos e exposições superiores de 1 hora. (Para exposições superiores a 30seg, terá que usar um controle remoto na câmera para que possa travar o botão de disparo em modo B ou Bulb).

Lembrando que fotos com exposições longas, criam efeitos incríveis na água, nuvens, estrelas, folhas em tudo aquilo que tem movimento, por mais sutil que seja.

Aqui vai algumas fotos que fiz em Fernando de Noronha usando essa técnica. Todas as fotos foram feitas em horários entre 20 horas e 3 horas da madrugada, com exposição igual ou superior a 8 minutos e abertura F8 em diante para ganhar profundidade de campo e nitidez.








(Todos os direitos reservados)




O maior desafio que enfrentarão é focar, já que não conseguem enxerguar o que vai ser fotografado pela ausência de luz... por isso... BOA SORTE!

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Gráficos MTF

Os gráficos MTF são usados para nos passar o resultados nos testes de nitidez e bockeh (área desfocada da foto).

A leitura serve para termos uma idéia da qualidade óptica da lente em abertura máxima e F8, que é uma abertura suficiente para que qualquer lente esteja em sua maior magnificência.

Aqui vou colocar a tabela e a demonstração onde ensina a ler o gráfico.
(Clique na foto para ampliar)




Fonte Photovision - www.photovision.com.br

Agora no próprio site da Photovision ou em outros que tenham o gráfico MTF, você poderá ler um pouco mais sobre a lente desejada.

lembrando que esse gráfico não demonstra o nível de distorção da lente e nem fala sobre sua construção. O nível de construção e fator decisivo na hora de comprar uma boa lente, já que, dependendo do seu uso, pode ter uma vida útil muito breve.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Fotometria

Somente com um fotômetro é possível medir a intensidade da luz em qualquer situação, mas para a sorte de entusiastas e iniciantes as câmeras modernas dispõe de recursos práticos e eficientes para nos ajudar no dia-a-dia.

O fotômetro foi algo feito para ser de fácil leitura e praticidade. Nos tempos modernos a fotometria de mão deixou de ser usado diariamente pelos fotógrafos e, a partir do momento em que começaram a surgir as câmeras com fotômetros internos, o fotômetro de mão começou a se dedicar em trabalhos de estúdios ou que usem flashs manuais.


No resumo, no modo automático, um fotômetro moderno passa as informações de intensidade de luz para a câmera e com essas informações ela ajusta velocidade, abertura e ISO de acordo com essa leitura, Para que a foto não saia sub-exposta (escura) ou super-exposta (clara). Só que essa informação pode ser lida de forma bem simples e clara no modo manual de sua câmera.

para trabalhar com essa informações é necessário que conheça um pouco de 3 coisas;

*Velocidade - É a velocidade do obturador no instante que você clica, essa velocidade será o tempo em que o sensor ficará exposto a luz.

*Abertura - Abertura e a regulagem do tamanho do diafragma, que em um modo leigo, é aquela buraquinho que fica dentro da lente. Sua função e somente controlar o tamanho da profundidade de campo e tem como referencia a letra F em frente ao número (traduzindo profundidade de campo, o tamanho do foco até que comece a ficar desfocado.)

*ISO - sensibilidade do sensor.


o que precisa entender e como ganhar luz com essas 3 possibilidades.

*Pela velocidade, quanto maior a velocidade do obturador, menos luz entrará. quanto menor for essa velocidade, mais luz entrará. Com isso, você pode clarear ou escurecer sua foto.

*Pela Abertura, você controla o tamanho do diafragma, quanto maior o buraco for, mais luz entra, quanto menor, menos luz entra. Como da mesma forma da velocidade abrindo o diafragma você clareia a imagem e fechando o diafragma você escurece a imagem.

*O ISO deve ser sua ultima alternativa, já que ele interfere diretamente na qualidade da imagem gerando ruídos em sensibilidades altas.

para entender melhor, Coloque a câmera em modo manual e aponte para o que vai ser fotografado. O medidor do fotômetro pode ser em forma de barra pelo visor interno ou traseiro da câmera ou em formas de números como -1EV, 0 EV, 1,3EV etc...

A fotometria se baseia assim, quando a velocidade, abertura estão com a exposição correta, para que a foto não saia escura ou clara, ele deve se manter no 0EV, Caso ele esteja no 1EV, a foto sairá com o dobro de luz necessária para que ele fique boa, sairá mais clara... caso esteja no -1EV, a foto sairá com a metade da luz necessária, portanto, escura.

A câmera tem uma latitude de intensidade muito baixa em relação aos nossos olhos. Nós conseguimos ver o céu claro e o que esta em baixo de uma árvore na sombra, a câmera não. É com a velocidade, abertura e ISO que ajustará a câmera para que faça uma foto com exposição de luz correta.

Uma boa dica e tentar aprender a seqüencia de pontos de luz de abertura que nas lentes mais comuns vão de 1.4 - 2.0 - 2.8 - 4.0 - 5.6 - 8.0 - 11 - 16 - 22 - 32. A cada numeração dessa, indo do número menor para o maior, você perde um ponto de luz ou a metade da luz, somente com a abertura do diafragma. As lentes que possuem abertura superior ou igual a 2.8 são consideradas lentes claras, justamente por terem a habilidade de deixar entrar mais luz para o sensor.

Outra dica e ganhar pontos de luz usando o ISO. Cada numero do ISO 100, 200, 400, 800, 1600, 3200... é referente ao ganho de um ponto de luz. Pela numeração do ISO já dá para ter uma idéia de que os números vão dobrando e é exatamente o que acontece com a luz. Se a medição estiver marcando -1EV e estiver no ISO 100, se for para ISO 200 o fotômetro marcará 0EV.


*DICA*

Para fotos de longa exposição com uso de tripé ou algum tipo de suporte, a câmera se limita a velocidade de até 30seg de exposição.
E se você mediu a luz no ISO 100, para que a foto fique o mais limpa possível, e mesmo assim quando põe em 30 seg ainda fica marcando -2EV. Simples, para ganhar um ponto de luz pela velocidade, é só dobrar o tempo de exposição. EX: se o fotômetro marca -1Ev e a velocidade de obturador esta em 15seg é só colocar em 30seg e ele irá para o 0EV.

Já fica mais fácil entender como calcular para exposições de 15 minutos, 30 minutos ou exposições com duração de mais de 1 hora.
Meça a luz com ISO 1600 ou 3200 e faça todos os ajuste de velocidade e abertura para que a exposição fique boa. depois e so contar quantos pontos de diferença entre o ISO que usou para medir a luz e o ISO 100... a cada ponto de luz de diferença o tempo dobra.

Um EX:

Se mediu a luz em ISO 1600 e a velocidade ficou em 30Seg e a abertura em F8. conte para ISO 800 a velocidade vai para 60seg ou 1 minuto... para ISO 400 a velocidade vai para 2 minutos... para ISO 200 a velocidade vai para 4 minutos... para ISO 100 a velocidade vai para 8 minutos. então a foto ficará com a mesma exposição, so que agora com ISO 100.
(lembrando que para isso deve-se usar um controle remoto para sua câmera e em modo B (Bulb). esses tipos de foto geram efeitos incríveis como transforma a noite em dia, as estrelas riscam o céu, as nuvens deixam um rastro por onde passam. Dá para brincar de inúmeras maneiras com essa baixa velocidade.)

Aqui vão duas fotos minhas feita com duração de 32 minutos de exposição e uma com duração de 30 seg em uma madrugada com neblina, ambas com ISO 100.




(Todos os direitos reservados)


Boa sorte!

Com ou sem textura

Umas das dificuldades no início da fotografia e observar esse pequeno detalhe fundamental, as texturas do branco e do preto nas fotografias. A dúvida somente chega, muitas vezes, depois de meses de boa observação.

O branco (parte clara na fotografia) e o preto (parte escura na fotografia) tem seu devido valor, não adianta fotografar com uma grande latitude de intensidade de luz, o sensor da câmera fotográfica não consegue capturar todas as informações com latitudes superiores a 2 pontos de luz. (1 ponto, dobro de luz : -1 ponto, metade de luz).


EX: Quando mede a luz em modo manual e a fotometria fica em 0EV para algo com tonalidade neutra, como uma camisa cinza de uma pessoa, a exposição da foto para aquela pessoa ficará correta, porém, se esta pessoa estiver a sombra de uma árvore em um dia ensolarado, não terá informações completas de tons claros do céu ou das partes onde sol incide. A mesma coisa se aplica da forma inversa, fotografando alguém em baixo de sol forte com a medição correta para a pessoa, não terá informação completa das partes escuras, como sombras em baixo de árvores ou interiores de residências.

Para resolver isso, procuramos horários durante o dia em que a luz esta mais suave e uniforme, podendo fazer fotos até mesmo no início da noite.

Existe um jeito para saber o que vai e o que não vai aparecer na fotografia;

* Coloque o fotômetro de sua câmera em ponderado ou pontual.
* Coloque a câmera em modo manual e meça a luz do objeto a ser fotografado usando a parte central do auto-focus do visor da câmera.
* Com a luz medida aponte a câmera para os pontos claros e escuros que aparecerão no enquadramento de sua fotografia.


Se a variação do ponto claro da fotografia não passar de +1Ev no fotômetro da sua câmera, o ponto mais claro permanecerá com a maior parte de sua informação.

Se a medição marcar entre +1EV a +2Ev, o ponto mais claro não manterá todas informações que consegue observa a olho nú.

Se a medição marcar superior a +2Ev, quando o fotômetro ficar piscando no mais 2Ev, não terá informação, tendo um branco completamente sem textura, um branco chapado.

Da mesmo forma isso se aplica ao preto, quando medir a luz nas áreas escuras do enquadramento da sua fotografia.


Com o tempo seu olho começa a viciar nesse tipo de leitura.
Mesmo sem o uso do fotômetro da câmera, você terá uma boa percepção daquilo que terá ou não informação em sua fotografia, mantendo um nível melhor de qualidade final de imagem e com informações dos pontos claros e escuros de sua fotografia.

Quando for fotografar de uma forma que queria realmente a perda dessas informações, faça de forma racional, sabendo o que esta fazendo.

A fotometria no início é algo um pouco complicado, com esse treino você vai ganhando tanto percepção quanto agilidade para fotografias em ambos os modos, fazendo fotos consciente dos seus atos, nada de sorte ou acaso.


*Dica*

Existe um botão que se chama trava AE, que na canon tem o símbolo de um asterisco * e na Nikon é o botão AE-L - AF-L (consulte manual na dúvida ou em outros modelos). esse botão faz a trava da exposição da imagem nos modos P, Av e tv na canon e P, S e A na Nikon. ele funciona assim;

Você vai fotografar uma pessoa em uma paisagem e você não quer fotografar em modo manual... aponte a câmera para a pessoa e aperte esse botão, ela vai travar e medição correta ajustando velocidade, abertura ou ambos para que a foto saia boa para aquela pessoa ou objeto a ser fotografado, então poderá reenquadrar sua foto e fazer a foto normalmente, independente do fundo claro, escuro ou fontes de luz como lâmpadas interferirem em sua fotometria. A mesma coisa vale se quiser algo como uma silhueta em um por-do-sol, é só fazer o mesmo processo travando a medição no fundo, no céu, e depois reenquadrando a foto para enquadrar o objeto ou a pessoa.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O que é belo?

O belo nada mais é que uma junção de linhas e formas geométricas colocado de tal forma que crie algo fácil de se visualizar. sempre temos problemas numa fotografia quando fazemos uma foto e algo não fica tão interessante, ou quando fica confuso. Devemos sempre prestar muita atenção no que estamos fotografando e estabelecendo uma forma de visualização mais simples para aquilo.

O mais comum e enquadrarmos um objeto e não tentar visualizar como um leigo e isso é que nos prejudica no final.
Lembrando que nós usamos nossa memória visual nas fotografias que vemos, quando vemos algo novo ou uma imagem com enquadramento diferenciado propositalmente, nunca conseguimos entender de imediato, precisamos de alguns segundos para processar aquela imagem e posteriormente ligamos aos nossos bancos de imagem visuais. No caso de uma foto de uma paisagem procuramos identificar plantas, montanhas, vales, rios, lagos, pedras, construções... sempre buscando algo que já tenhamos em nosso banco visual, então... porque não facilitar isso?

A sombra é um elemento chave para esse processo, ela é que te dará certas formas e fará que seu cérebro veja profundidade na imagem, buscando sempre comparar com algo já visto e facilitando o reconhecimento do ou dos objetos fotografados.

Lógico que devemos considerar as fotos de texturas ou abstratas. São fotos com o intuito de deformar algo existente e transformar em algo novo, algo agradável ou não. para o nosso grande banco visual. Muitas vezes você consegue algo abstrato com uma Mancha na parede, texturas de uma árvore, ou até mesmo, um por do sol com algum tipo de vegetação não muito comum a nossa memória visual.

O que mais admiro nesse assunto é o fato do abstrato nos prender a algo simples ou corriqueiro... como uma janela de um ângulo diferente, ou mesmo, alguma parte do corpo em close. Transformando algo conhecido em algo desconhecido para nos, como é o caso da foto do Ribeiro no Olhares.com http://br.olhares.com/desafio_olhar_para_cima_foto3446894.html
br.olhares.com/riber

uma foto relativamente simples de algo simples, porem, com um olhar diferenciado e feito em PB, usando comente formas.



A principal maneira de explorarmos mais essa quantidade de formas, texturas, cores... e sabendo dosar um pouco daquilo que é natural para nós e mesclar com algo novo, brincando com o enquadramento e variando mais essa forma de olhar as coisas, assim, conseguimos algo de fácil leitura com formas, texturas e cores das mais variadas maneiras.

O que acho fantástico no belo, no bonito, é isso, é algo simples e ao mesmo tempo complexo. pode ser simétrico ou assimétrico. Pode ser belo por ser colorido ou ser belo pelas suas formas. Pode ser belo por ser algo comum ou ser belo por ser diferente.


O importante e observar muito e experimentar.